sábado, julho 10, 2004

Aveiro!

Terra de peixe... terra de vento constante... em Aveiro são poucas as ondas de calor que cortam o vento. Caracterizada pelas salinas e pelos moliceiros, apresenta-se bonita e modesta. Prédios novos na Avenida só mesmo o centro comercial... até a nova estação vai ficar tapada pela velha, para que prevaleça o antigo. Até o chão da Avenida é diferente... nada de alcatrão... não sei bem explicar, mas é feito de pedregulhos grandes e pretos, como uma calçada mas para carros. A calçada, essa é feita de desenhos, alternando-se as pedras brancas com as pretas.
Aveiro é uma terra bonita, arejada, limpa e agradável. Tem alguns senãos: Os carros não param nas passadeiras, "quem pára não é de Aveiro", e as pessoas olham muito. Uso uma camisola que mostra os ombros e a barriga, e logo 3 ou 4 carros apitam, e todas as senhoras de mais idade olham-me descaradamente com sentido de desaprovação. Em Lisboa não sinto, as pessoas não se olham muito, principalmente no centro da cidade. Olhamos uns para os outros sim, mas não tão descaradamente, e não tão constantemente.
Uma coisa engraçada, (que eu gosto) que se passa com a minha mãe (que é de Aveiro), e que certamente não se vai passar comigo (que sou de Lisboa), é que ela ao chegar à sua terra sabe o que se passa com todos os amigos dela, e facilmente os encontra na rua, numa loja, ou á noite num bar. Basta-lhe estar com alguém que "andou na turma" dela, para ficar a saber que "o seu (em tempos) melhor amigo casou com aquela rapariga mais nova que era da turma daquele rapaz muito bonito que punha música na rádio da escola".
Certamente daqui a alguns anos, encontro um amigo meu na rua e tanto eu como ele só vamos falar de nós, e porque não saberemos de mais nenhum amigo do passado. Parece que em Aveiro as pessoas estão todas interligadas, e é fácil saber noticias de alguém, sem qualquer esforço. Talvez agora me tenha conseguido exprimir bem... sem ninguém se atirar a mim como uma loba a defender a sua cria (AVEIRO).

2 comentários:

NUNO FERREIRA disse...

Os pedregulhos grandes e pretos chamam-se paralelepípedos, eheheh. E tens sorte de visitar a minha terra em 2004 porque nos anos 60 do século passado quando eu era criança, o alcatrão em frente a casa estava muitas vezes manchado com bosta dos bois que passavam entre esta e o armazém dos vinhos. Era lá que os homens descarregavam as pipas grandes de madeira de carvalho das camionetas com ajuda de umas traves que colocavam na caixa da camioneta. Nessa época Aveiro era bem mais modesta...

Anónimo disse...

Gostei!
Era para te dizer como se chamavam os tais pedregulhos pretos mas já to disseram...
Não concordo ctg qd dizes q não se respeitam as passadeiras, eu respeito!ehheheh
Continua com as tuas coisas, sempre que me lembrar vou vê-las.
Bjs
A sem pintinhas